De acordo com o livro "A Deusa das Bruxas", Inanna transformou-se em Ishtar no início do segundo milênio AEC. Nesse mesmo período, os fenícios e outros semitas do Oeste estavam se estabelecendo na costa do Mediterrâneo Ocidental, e, eventualmente, a mesma Deusa passou a ser conhecida como Astarte.
No Sul, os filisteus de Askalon a chamavam de Atergatis, enquanto ambas as raças de marinheiros - "Os Povos do Mar", conforme observado pelos egípcios - mantinham postos comerciais em Chipre, onde o nome ASHTORETH era amplamente reconhecido.
Os gregos micênicos começaram a adentrar Chipre por volta do século 13 AEC. De acordo com "A Deusa das Bruxas", há especulações de que, devido à dificuldade de pronunciar ASHTORETH, esse nome pode ter se transformado em algo semelhante a APHTHORETHE e, eventualmente, AFRODITE.
Aphros, em grego, significa espuma. Após adotarem o culto à Deusa do amor dos marinheiros, ela foi associada ao nascimento das espumas do mar "aphros". Além disso, foi vinculada à concha de vieira (kteis) e à folha de figueira. Tornou-se protetora dos viajantes e das embarcações.
Afrodite também possui epítetos de guerra (Afrodite Areia, como exemplo).
A Deusa introduziu muitos elementos do Oriente Médio em seu culto, e notam-se semelhanças marcantes em relação aos amantes em cada mito. Afrodite possivelmente trouxe o uso do incenso para a Grécia. Antes de sua chegada, o odor dos sacrifícios animais era amenizado queimando-os com madeira perfumada.
No próximo post falarei sobre o uso de incensos no culto de Inanna.
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